"Segundo a idéia vulgar,os anjos são seres intermediários entre o homem e a Divindade. Eles de nenhum modo foram criados perfeitos,porque a perfeição supõe infalibilidade,e alguns dentre eles se revoltaram contra Deus. Tem-se dito anjos bons e anjos maus;o anjo das trevas. Entretanto,a idéia mais geral da palavra e a da bondade e da pureza.Segundo a Doutrina Espírita,os anjos não são seres à parte de uma natureza especial;são os espíritos da primeira ordem,onde estão aqueles que se encontram num estado avançado de puros espíritos,após terem passado por todas as provas. Nosso mundo não existe de toda a eternidade;começou a existir já depois de muito tempo;estes espíritos já haviam chegado,então,ao supremo grau;os homens tendem,por isso,a acreditar que eles foram sempre assim." (O Livro dos Médiuns-Vocabulário Espírita-1ª.ed.)
Anjo da Guarda ou Anjo Guardião:"Espírito superior que se propõe à guarda de um indivíduo,ao encargo de o proteger e o conduzir pelas vias do progresso. Ele o protege não somente na vida presente,mas na série de suas diversas existencias e no estado de espírito após a morte." (O Livro dos Médiuns-Vocabulário Espírita-1ª.ed.)
"Tem que ser necessariamente um bom espírito;ele nos dá bons conselhos,pelos bons pensamentos que nos inspira; mas,se nós não os escutamos, deixa-nos adquiris experiência à nossa própria custa.Se nos abandona,um outro substitui.(...)"
Anjos decaídos : Segundo o espírito Emmanuel,em seu livro "Roteiro",capítulo 6,os chamados 'anjos caídos' não passam de grandes gênios intelectualizados,com estreita capacidade de sentir,que,apaixonados,guardam a faculdade de alterar a expressão que lhes é própria,fascinando e vampirizando nos reinos inferiores da natureza. Assim,temos que estes anjos são,na verdade,almas que faliram em suas provas e que,como espíritos,estão em evolução. São seres que precisam refazer as lições que não foram aprendidas corretamente.
Arcanjos :"Anjo de uma ordem superior.A expressão 'anjo' é um termo genérico que se aplica a todos os Puros de Espírito. Se são admitidos aqui seus diferentes graus de elevação,eles podem ser designados pelas palavras arcanjos e serafins, para se servir de termos conhecidos." (O Livro dos Médiuns-Vocabulário Espírita-1ª.ed.)
"O espírito,em suas encarnações sucessivas,tendo-se despojado pouco a pouco de suas imperfeições e tendo-se aperfeiçoado atravéz do trabalho,chega ao termo de suas existências corpóreas.Pertence então à ordem dos espíritos puros ou anjos, e goza ao mesmo tempo da vida puramente espiritual e de uma felicidade sem mácula,por toda a eternidade." Allan Kardec
"Pelo valor doutrinatório que representa,sobretudo para os médiuns iniciantes,para todos os que se preocupam em conhecer a identidade de seus protetores,reproduzimos valioso depoimento do médium Divaldo Franco,quando,nos idos de 1945,apareceu-lhe um ser espiritual que se comprometeu a ajuda-lo. A partir daquela época, declara Divaldo, 'a minha vida passou a ter uma diretriz e um significado de bom direcionamento, porquanto eu passei a senti-lo e vê-lo quase diariamente, e durante todos estes anos que me separam daquela oportunidade,essa entidade,a princípio anônima,constitui-nos um farol aceso lutando contra a ventania.'
Divaldo recorda-se da indagação que fez à entidade quando ela se apresentava pela primeira vez:
_Como é seu nome?
_Chama-me de 'um Espírito Amigo'.
Embora frustrado com a resposta,porque tinha muita preocupação com os nomes, o 'espírito amigo' o satisfez,de certo modo.Passaram-se anos e no ano de 1949 Divaldo conhece o médium Francisco Cândico Xavier e resolve perguntar-lhe:
_Chico,você,com essa visão transcedental,viu quem é meu guia?
(Porque na época,explixa Divaldo,havia uma mentalidade guiista.Todo mundo queria ter um guia e ele também,que é filho de Deus.)
E o Chico,com a mineirice dele,disse:
_Divaldo,que coisa,eu vi,mas não sei quem é.
Foi o mesmo que não ter visto,pois ficamos como estávamos,declara Divaldo, e ao largo dos anos as pessoas sempre perguntando:
_Mas,Divaldo, quero lhe fazer uma pergunta:Quem é seu guia?
Era o ponto nevrálgico do médium.E ele respondia: Eu não sei,não posso dizer quem é, pois eu não sei.
Certa feita,uma senhora insistiu tanto neste assunto,o nome do guia dele,que ele resolveu conversar seriamente com o 'espírito amigo'.Quando ele apareceu,Divaldo queixa-se,dizendo que estava muito desgostoso,pois todos sabiam quem era seu guia,menos ele. Aliás, a senhora,num contato em 1956,visitando a Mansão do Caminho,a primeira pergunta que fez a Divaldo foi indagar quem era o seu guia! Tocou exatamente no ponto vulnerável de Divaldo. E esse,muito engraçadamente,lhe respondeu:
_Não sei. Eu sou 'desguiado', porque não tenho guia!
A senhora então replicou-lhe,enfaticamente: Pois eu tenho vários guias: São Francisco de Assis,Santa Rita dos Impossíveis e as Onze Mil Virgens...
Depois dessa.ele insiste: por favor,me dê um nome,você há de ter tido qualquer nome na Terra.Pois as pessoas me perguntam e eu respondo 'um espírito amigo'...
O espírito sorriu, e respondeu:
_Bem, tu me chamarás Joana. Chama-me... Joana de Ângelis.
Fragmento do livro "Os anjos guardiões segundo o espiritismo" de Adilton Pugliese.