segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Adolfo Bécquer - XI

Escuta,eu sou ardente e sou morena,
Sou tal e qual o emblema da paixão;
De ânsias de gozos minh'alma é plena.
Não me procuras? _Não te quero;não.
Tenho pálido o rosto e as tranças de ouro;
Posso te oferecer ditas sem fim;
Possuo de ternuras um tesouro.
Não me chamas? _Chamei,mas não a ti.
Eu sou sonho,eu sou um impossível,
Fantasma vão feito de névoa e luz;
Tanto incorpórea sou como inatingível;
Não poderei amar-te. _Oh!Vem;vem tu!

Enquanto o velho vai embora....

SACODE A POEIRA DA TUA SAIA
É,foi-se 2010,e com ele uma leva de coisas.Como diria uma amiga, "mundo de areia que o mar tráz e leva". Bom,meu ano começou a terminar em outubro com Samhain, e algumas coisas foram minguando,definhando,se desmanchando,até morrerem,exatamente como a lua. E eu comecei o novo ano compreendendo muito mais o céu,suas estrelas,planetas,luas,cometas,sois. Quando comecei a pensar no que fazer para ter um bom ano a primeira coisa que me veio à cabeça foi uma lembrança, no centro de umbanda que um dia frequentei o mentor sempre cantava quando os pretos velhos estavam indo embora "enquanto o velho vai embora,sacode a poeira da tua saia",mas pela primeira vez parei pra refletir sobre o cantico. Esse sacodir a poeira é deixar que as coisas partam e limpar-se,preparar-se para o que há de vir. Eu sacodi a poeira e estou leve para trilhar 2011.